quarta-feira, 25 de abril de 2012

O nada



Guerras pela paz,
Paz pela guerra
Já não consigo me ver através do meu rosto refletido no espelho
Percebo que o mundo esta cinza

Percebo que a crianças que se parecem com velhos
Não sei onde estou
Se é que ainda estou aqui nesse mundo
Tudo já se passa pelo passado
Mas um futuro fica reservado
Em uma cruz em meio a um buraco

Minha rotina virou um jogo de mina
Por onde passo não sei se a bomba explode, ou se a bala me mira
Todas as esperanças correram daqui
Mas nenhum de nos conseguimos fugir

O meu alimento e minha poesia
Temos que nos acostumar
Comida só em dias de alegria,
Mas alegria já se foi, levando embora o nosso arroz

As vezes lembro de minha infância
Mas hoje em dia já não se vemos crianças
Pulando, correndo, só soldados armados
E as crianças e velhos jogados e largado

A inveja já não existe mais
Pois nenhum de nos temos o que invejar
A desigualdade acabara
Mas ganhamos o matara

Corremos em busca da agua
Vivemos a espera do azul
Em busca de tudo
Fugimos do nada

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