Meu velho caderno
Está todo manchado
Com ódio e sangue,
Quem dera-me uma taça para apreciar-me
Não uso mais canetas
E sim mancho de sangue
Escrevendo versos simples
Para explicar o inverso
Vivo trancado a pensar
Em como viverei
Sem o “amor”
Sem aquela que beijei
Minha casa e a floresta dos poemas
Assim faço dela meu palácio
Estendendo o tapete para os “miseráveis visitantes”
Quem ousa me incomodar-me?!
Numa linda “noite-cruel”
Serás os anjos noturnos
Ou os demônios cruéis
Sejam “mal-vindos”
Meu palácio não cabe mais
Todos aqueles que entraram nunca mais saíram
E ate hoje enfeitam as paredes
Ao longe do vale
Faço de mim minhas companhias
E os meu bichos de estimação
Uma grande solidão
Meus únicos companheiros são o caderno e a caneta
Que fazem de mim um livre pensador
Faze-me pensar que sou poeta
Mas insisto em dizer que poeta e aquele que sabe escrever
Para alguém apreciar e admirar
Não para expor opiniões e tentando as concretizar
Quem me pareço?
Quem me tornei?
As vezes eu tenho vontade de sumir
Mas não consigo parti d’aqui
Não tenho pra onde ir
Meu caderno criou raízes
Neste “palácio”, e eu criei nele
Não sei se tudo e só um simples habito
Mas prefiro continuar no meu “palácio”