Esquina vazia

Nesta esquina vazia, me perco em sentimentos e momentos

Palavras são minhas únicas aliadas nesse jogo, que é a vida

Desta esquina um mundo

Nesta esquina falam-me “imundo!”

Seria culpado eu, pela falta desta moral absoluta

A falta de conduta, a falta de uma culpa

As vezes em mim caí toda a rua

Dia a dia, minha casa, minha rua

6 horas saem para o pão

7 para o trabalho

Que isso meu mundão?

A rotina de cada, e eu essa situação

Meu emprego senhor?

Poeta e escritor

(hahaha) qual foi?

Estou sentado em minha casa

Qual o problema doutor?

Meu emprego senhor?

Poeta e escritor

Poeta e escritor,

Meu senhor

Sem titulo

Hoje não teremos poesias ou versos

Trago em minha noite lembranças.

Mais um trago e as cinzas se chocam com o chão

E pela boca essa fumaça ganha vida diante dos meus olhos

Sentei-me ao chão junto ao meu copo

Lagrimas escorreram em mais um momento

Momento de profundo aprendizado

Que eu nunca irei aprender

Fotos em um mural imaginário

Lembranças de sorrisos e choros

No fim foi você meu choro e sorriso

Não sei ao certo o motivo

Hoje converso com você

Em poemas e narrativas

Algum dia imaginara está minha vida.

Pensamentos cortam minhas noites, e interrompe meus sonhos

Lagrimas ainda continuam a escorrer todas as noites

Cadê?

Agora estou aqui, sem conversas, sem ideias

E na minha mesa de jantar, não consigo mais filosofar 

Luzes

Noite, olho pela janela e vejo as luzes refletirem a vida

Parado admirando o horizonte

Perco-me entre palavras que já foram ditas

Só quero ver as estrelas que flutuam ao longe

Quero dançar, apenas dançar

Sentir a sensação de voar

Não preciso de nada além de um noite

Apenas quero dançar, dançar até acabar

Hoje as estrelas brilharam em outra dimensão

E eu correndo em uma só mão

Tentando alcançar o infinito

De tudo aquilo que me faz lembrar o bonito

Me de a mão, para sentir o vento no rosto

Me de seu lábio, para que possa sentir seu gosto

Amanhecendo eu quero tê-la em minha cama

Talvez saindo as pressas, ou talvez dizendo que me ama

Me deixe tocar em você

Até chegar ao prazer

Me faça algumas palavras

Para que eu possa toca-las

Me diga amor... sem amar

Me faça amor... sem amar

Me tenha amor... sem amar

Me ame... sem amar

Si bemol & o Sofá

Preso neste sofá

Vendo você diante de meus olhos

Queria estar aqui com você

Preso neste sofá

Eu te abraço tentando me esconder em você

Faço mil palavras em minha cabeça

Mas a final não sei o que dizer

Espero que não me esqueça... Aqui!

Procuro em teus lábios

Calar meus pensamentos

Procuro em teu corpo

Saciar meus sentimentos

Seu cheiro correndo em meu corpo

Seu suor me faz colar em teus seios

Deparo-me com seu olhar me pedindo um beijo

Deixe-me saciar teu desejo

Me peças um verso ou um poema

Me de uma linha de seu corpo

Para escrever umas palavras

Faça-me algo novo... De novo

Fique aqui no sofá

Não se levante antes do por do sol

Não vire para o lado de lá

Apenas me cante em si bemol

Será que sonhei?

Sonhos, inverso da minha realidade

Também se não fostes tu, o que seria de mim

Se não fosse essa chuva que compõem a melodia de nossa noite

O que seria desse meu sonho, se tudo fosse assim

Esse meu sonho, se eu não acordasse... minha realidade

Mas minha realidade não seria mas este sonho

Que sonhei naquela noite de chuva

Com ou sem você, meu sonho foi te ver

Mas as vezes penso em estar dormindo sonhando

Esse meu pensamento talvez seja o meu sonho de sonhar

Sonhar com aquela noite, que talvez foi um sonho

Ou talvez eu nunca sonhei

Sonho que nunca sonhei

Sonhando a minha realidade sem sonho

E se eu parasse de sonhar com você

O que iria acontecer? 

Qualquer coisa... Pra rimar

 Qualquer lugar... Solidão

Qualquer nota... Uma canção

Qualquer historia... Uma ficção

Qualquer poema... Um refrão

Qualquer sentido... Vago de razão

Qualquer cazuza... Mas uma dose então

Qualquer dança... Um baião

Qualquer criança... Sem chão

Qualquer vida... Sem você

Qualquer medida... Sem poder

Qualquer caminho... Sem ver

Qualquer verso... Sem escrever

Qualquer historia... Sem um final

Qualquer conto... Que não seja real

Qualquer mundo... Que não esse fatal

Qualquer estrada... Que não seja letal

Qualquer filme... Que venha a calhar

Qualquer musica... Que de para escutar

Qualquer lago... Que de pra nada

Qualquer pedaço... Que seja lugar

Qualquer mato... Que der pra entrar

Qualquer espaço... Que de pra deitar

Qualquer papel... Que de pra rabiscar

Qualquer um... Que Queira ser meu par

Qualquer lembrança... Que me faça chorar

Qualquer abraço... Que me faça acalmar

Qualquer boca... Que possa beijar

Qualquer um... Que possa amar

Qualquer frase... Que me faça compor

Qualquer céu... Que tenha cor

Qualquer um... Que seja meu amor

Qualquer pássaro... Beija-flor

Qualquer palavra... Que me faça escrever

Qualquer dilema... Que terei que resolver

Qualquer falácias... Que irão dizer

Qualquer coisa... Para crer

Qualquer paisagem... Terei que registrar

Qualquer retrato... Que irei fotografar

Qualquer musica... Que irei tocar

Qualquer um... Pra eu falar

Qualquer verso... Para terminar

Qualquer frase... Para rimar

Qualquer vento... A soprar

Qualquer canção... Para viajar

Vestido

Morena do vestido bordado

Do gingado amado, que me faz delirar

De passo em passo seus braços

me fazem sentir o meu lar

(...)

Saudades

É... voltei a escrever, não sei ao certo o que

Mas saiba que será pra você

Saudades de discutir besteiras

Falar coisas politicamente incorreto

Rir da graça de viver, e chorar da desgraça de viver

Falar sobre o mundo, sem ouvir o que o mundo tem a dizer

Saudades de seu sabor

Das suas misturas perfeitas

Da simplicidade que eram feitas

Saudade do seu amor

As primeiras fotos de te orgulhar

Saudade do brilho em seu olhar

Ao me ver antropologia estudar

Saudade da mata cortando nossos pés

Saudades do verde invadido nossos horizontes

Saudades dos passos que não demos ao longe

Saudade de sua bondade

Saudade da sua humildade

Saudade da sua verdade

Saudade de escrever

Saudade de você