quinta-feira, 24 de março de 2011

Capoeira


Um infinito a minha espera
Grita o meu nome, me chamando
Não sei quem está do outro lado
Quem me aguarda?
Só vejo chamas e corpo queimando
E escorrendo suor daquele escravo

Um dia me perguntei:
“ por que chamamos uma luta de jogo?
Não foi escolha deles, era matar ou morre a eternidade na triste senzala.”

Vivendo como um “agente-duplo”
Mas não são tratados como gente
Mas mesmo assim morreriam pela gente
Mas não tornaria uma idéia em mente

Vivem presos a trabalhar
Vivem a jogar,
Para disfarça
E assim lutar.
Não por escolha ou decisão
E sim por obrigação

Não sabem o que e liberdade
Desconhece a nossa verdade
Ninguém lhos ajudas
Ninguém tem piedade

Assim um grande capoeirista
Não sabe que ele joga
Nunca viu uma escola
Mas sabe aprender a viver
Sem medo de morrer

Assim se tornou a capoeira
Muito mais que uma luta
Uma salvação, uma dança brasileira

Hoje todos jogam como um esporte
Se tornou um ícone da nação
Uma fonte de inspiração

Naquela época não era opção
E sim um salvação

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