domingo, 17 de abril de 2011

Meu Jardim De Rosas Negras



Tenho um jardins de rosas
Rosas, que não são rosas
Rosas, que são pretas
Pretas que nem meu sangue
Sangue que domina a minha depressão
Sangue que mancha o meu coração

Por que tudo tem que ser assim
Essa dor não passa, não tem fim
E eu pergunto pra mim
O que fazer se não escrever para esquecer

Ou escrevo para desabafar
Para relutar contra os anjos
Que não cai mais do céu
 Que não me protege mais
Alias nunca protegeu! Foda-se!

Qual o problema, o que tem contra mim
Por que todos são iguais?
Por que são todos normais?
Qual diferença pra mim faz?

Não adianta,
Eu só quero escrever
Os outros que se fodam
Eles que se mordam
Pelo dinheiro do capitalismo

Qual a graça num pedaço de papel
Qualquer um poder queimar e rasgar
Qual o valor que isso traz a você
Quais lembranças terão ao você morrer

O que importa e seus pensamentos
Sua visão, eu sei que não adianta porra nenhuma
Mas se todos pesarmos assim
Quem que vai dar o fim

Pensem antes do papel
Pense antes de te escravizarem
Lavagem cerebral
Estamos num mundo anima, canibal

Quais os seus valores
Quais os seus amores
Morreram todos
Ou foram escravizados

Vamos em frente!
Vamos resgata-los
Antes que seja tarde
Antes que amanheça
E o sol desapareça

Atrás das nuvens
Que não cai chuva
Atrás dos campos
Sem flores

A uma salvação
Eu só não encontrei
Mas pra mim tudo mudou
Quando eu achei

Achei meu dom
Dom de criticar
Através da poesia
Para assim te agradar

Vamos fugir para outra dimensão
Vamos tomar um outro rumo
Vou seguir meu coração
 Vou pra outro mudo

Sei que não adiantará
Mas sem você não vou
Eu irei te buscar
Eu irei te salvar 


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