sábado, 27 de novembro de 2010

Ócio


Vivo aqui atormentado sem nada em o que me ocupar
Sem mais nada, fico aqui nesse ócio profundo
Tentando achar maneiras de viver feliz com essa vida
Não tendo mais o quer fazer para ser feliz, eu me tranco no velho quartinho,
E fico a escrever poesias, sendo essa única opção que me resta.

Tento me distrair com versos literários
Mas percebo que eu sinto falta de alguma coisa
Eu tento achar a minha “coisas” da vida mas não sei onde procurar
Nem imagino o que dever ser, só consigo imaginar fugas do ócio    

A mais de um século vivo aqui trancado nesse velho quartinho
Penso, como deve esta o mundo agora lá fora?
Será que devo sair e tentar viver de novo?
Será que é essa a “cura” pro meu ócio?

Abro a porta, e me deparo com um enorme cemitério,
Por esse século preso no mundo onde ninguém poderá entrar algum dia
Meu antigo vilarejo agora virou um cemitério, todos já se foram
E eu continuo aqui a escrever poemas para “ninguém” ler

Por mais um século vou viver nesse ócio profundo
Sem ter para onde fugir, sem ter mais amigos!
Todos já se foram, agora só resta eu
Mas eu sei que a minha maldição não ira acabar tão cedo

A maldição de escrever poemas a eternidade,
Poemas pra nada, de que adianta o poeta,
Se não a ninguém para ler seus poemas!

Então viva os leitores!
Sem vocês minha vida não teria valor
Não teria amor
Só a dor! De escrever poemas insignificantes! 

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